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quarta-feira, 27 de março de 2013

Capítulo 3 - 2ª parte

— Isso mesmo, podemos nos revezar no volante. Que tal dirigirmos até a fronteira? Quem sabe Foz do Iguaçu? Quer voar pra Paris? - sugeriu ele me fazendo rir com vontade.

— Você é maluco! - falei entre risos.

— Pode ser... mas fiz você rir. - disse ele me fazendo perceber isso.

— É verdade, obrigada. - agradeci e nos olhamos sem dizer nada por inúmeros segundos.

— Lavígnia você poderia emprestar... - Mariana surgiu na cozinha nos arrancando do transe esquisito, mas ela se deteu – estou interrompendo?

— Hã... é claro que não – me esgueirei um tanto constrangida – você queria...

— Você pode emprestar o carregador do seu celular pra Lídia? São do mesmo modelo e o dela descarregou.

— Claro... vou lá pegar. - me prontifiquei e logo escapuli da cozinha me sentindo como se tive saído do meio de um tornado.

Depois de entregar o carregador para Mariana, inventei uma desculpa qualquer para não descer. O clima estranho que tinha rolado com Neitan, havia me deixado confusa o que não me ajudava muito. Não muito depois de ter visto o que eu vi. Eu não sabia porque e nem como eu estava vendo aquela mulher e muito menos entendia o que ela me dizia. Mas seja como fosse, eu não queria voltar a vê-la. Tentei me concentrar em mais um ridículo relatório que Savanah queria, mas a turminha do barulho – Mariana, Lídia e Léo – me convenceu a ir até o shopping há uma quadra de casa para tomar sorvete.

Achei que era bem melhor que ficar em casa com medo de ver fantasmas, então fui junto. Fomos a pé mesmo, caminhar no fim da tarde é ótimo. Só que dessa vez não rolou mais nada de clima estranho, todos conversamos numa boa. Eles voltariam para Bom Jesus na próxima semana, o que fez minha prima choramingar um pouco. Confesso que também sentiria falta deles, quando estávamos juntos era como se... fôssemos uma família. Eu sei, super estranho. Mas é como eu me sentia. Depois de várias casquinhas de chocolate, creme e morango voltamos para casa.

— O filme é legal... tô dizendo. - Lídia garantiu ao irmão assim que entramos no condomínio.

— Ah qual é Lídia? Prefiro algo mais digno tipo Van Helsing. - retrucou ele.

— Esse filme é ótimo, você gosta? - Neitan perguntou ao meu lado, olhei para cima, e vi que o sol já havia se posto e a noite já estava caindo.

— Adoro o Van Helsing, o personagem é incrível e o enredo do filme é perfeito. - elogiei.

— Eu gosto daquele Drácula – suspirou Mariana – ele é tão charmoso e elegante.

— Ah então você gosta do inimigo, do vilão? - indignou-se Léo.

— Os vilões são sempre os mais bonitos e charmosos.

— Eu prefiro os bonzinhos e apaixonados, tipo o Edward. - confessou Lídia.

— Argh Lídia! - protestou minha prima.

— O que foi? Ele é lindo! - insistiu Lídia e Mariana continuou sua "ceninha".

— É que ela gosta de contos de fadas. - provocou Léo.

— Não é conto de fadas seu idiota! É sobre vampiros, o Edward é um vampiro!

— Ah fala sério, vampiros não brilham! - alfinetou minha prima – Isso é tão...

— Gay! - completou Léo caindo na gargalhada assim como Neitan e Mariana.

— Ai como você é ridículo! - xingou Lídia – Você tem é inveja, garanto que queria ser como ele é e como não é, fica inventando idiotices.

— E virar purpurina? Não, obrigado. - Léo alfinetou de novo.

— Ele não é isso! - protestei – Garanto que você não leu os livros, por isso está viajando.

— É claro que não leu, esse aí não lê nem bula de remédio! - resmungou Lídia.

— O quê? Você também gosta de vampiros fadas? Fala sério... - Léo me perguntou e eu deixei o queixo cair.

— É... a Lídia tem razão. Você tem inveja. - resmunguei também meio mordida, eu gostava do Edward.

— É claro que não, estou falando a verdade é sério. Olha se eu tivesse que ser um vampiro, eu seria o Damon Salvatore do Vampire Diaries! Ele tem personalidade... e não brilha! - Ele falou a última parte bem no ouvido da irmã que o empurrou.

— Ah ele é maravilhoso – derreteu-se Mariana que era fã incondicional da série – adoro o Damon, se eu o encontrasse, ele nem precisaria usar aquele poder de hipnose em mim... eu deixava ele me morder! - exagerou ela e todo mundo riu.

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