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domingo, 24 de fevereiro de 2013

Capítulo 2 - 1ª parte


 2. Contagem regressiva

Quando o carro parou em frente ao portão da minha casa, as luzes estavam acesas. Mas sem dúvida, o que mais me chamou a atenção foi a Land Rover do Neitan parada perto do portão.

— Não quer entrar? - Convidei meu namorado que tinha ficado mal-humorado ao perceber que meus amigos estavam em casa.

— Acho melhor não. Você deve estar cansada da viagem.

— Tem certeza? Sabe que sempre tenho tempo pra você. - Falei, dando uma piscadela, mas a expressão dele não mudou nada - Damian, o que foi?

— Por que esse cara tem sempre que estar atrás de você? - Ele apontou o carro do Neit.

Capítulo 1 - última parte


Apoiei minhas mãos em seus ombros enquanto ele comandava o beijo de uma forma como nunca tinha feito. - Ousado. - Ofeguei quando seus lábios se afastaram dos meus.

— Saudade - corrigiu ele - não pode imaginar o quanto senti sua falta.

— Mas foram só dois dias.

— Foi tempo suficiente em me tentar em ir atrás de você. - Sussurrou ele com os lábios roçando nos meus.

— Hum... eu teria adorado. - Falei quando ele me soltou. Damian sorriu de canto e tirou a mochila do meu ombro e pôs sobre o dele.

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Capítulo 1 - 6ª parte



— Droga!

— O quê?! - Estranhou Ágatha me olhando com uma sobrancelha erguida.

— Hã... é... nada não, esquece. - Desconversei enquanto ela cruzava os braços e fechava a cara. O que claramente significava que entendia que algo tinha acontecido, e que com certeza, queria uma explicação.

— Ah é mesmo? E desde quando você simplesmente sai xingando por aí sem motivos aparentes?

— Ágatha, é sério. Não foi nada mesmo, agora podemos ir?

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

A desvalorizada literatura nacional, plagiada?



Ei, deixa eu te perguntar uma coisa. Já viu o filme As Aventura de Pi? O que achou dele? Interessante? Em pensar que ele é mais um daqueles longas baseados em livros. Com certeza você deve estar pensando: “ Puxa! O autor do livro deve estar ganhando rios de dinheiro. Afinal, quem tem uma ideia brilhante assim, tem mesmo de ser reconhecido.” Em parte você acertou. Quem escreveu o tal livro está mesmo ganhando muita grana. Mas o autor da ideia e enredo da história está digamos... MORTO!




Capítulo 1 - 5ª parte


Imediatamente meus olhos fugaram para o camarote das três figuras estranhas, e para minha surpresa, eram apenas dois! A mulher. Onde estava a mulher? O jovem do outro lado olhava diretamente para o camarote suspeito, ele também estava percebendo alguma coisa. Olhou ao redor e então olhou diretamente para mim, foi estranho, mas parecia algo tão comum.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

"Escrever é esquecer. A literatura é a maneira mais agradável de ignorar a vida. A música embala, as artes visuais animam, as artes vivas (como a dança e a arte de representar) entretêm. A primeira, porém, afasta-se da vida por fazer dela um sono; as segundas, contudo, não se afastam da vida - umas porque usam de fórmulas visíveis e portanto vitais, outras porque vivem da mesma vida humana. Não é o caso da literatura. Essa simula a vida. Um romance é uma história do que nunca foi e um drama é um romance dado sem narrativa. Um poema é a expressão de ideias ou de sentimentos em linguagem que ninguém emprega, pois que ninguém fala em verso."

Fernando Pessoa



quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Capítulo 1 - 4ª parte

— Nossa! Se toda vez que eu caísse fosse assim... - Ágatha falou com um risinho.

— Eu que o diga. - Falei, pegando a câmera que ela me entregava. Geralmente, toda vez que eu caía, tinha um tributo à beleza masculina esperando para me segurar.

— Vamos entrar.

Escrevendo no Brasil


A missão de ser escritora no Brasil não é algo fácil. A grande maioria das pessoas não é muito dada à leitura, diferente dos países que lançam grandes best-sellers como os EUA, por exemplo. Porém escrever não é uma coisa que se escolhe para fazer; simplesmente é algo não dá para evitar.

O desafio de escrever sobrenatural


Que a literatura é um território livre, todo mundo sabe. É onde quem escreve se liberta, faz as regras, decide o que é certo e errado, proibido ou permitido, verdade ou mentira. Fernando Pessoa disse que a literatura é a maneira mais agradável de ignorar a vida, e estava certo. Onde costumo ignorar a vida por mais tempo é na frente do computador com o word aberto. Depois do Pôr do Sol é minha primeira aventura pelo sobrenatural e preciso confessar que estou amando. Sempre me senti livre escrevendo, mas quando o que escrevo entra no mundo do sobrenatural me sinto uma etapa mais longe dessa liberdade.


domingo, 3 de fevereiro de 2013

Um soneto

Como amante da literatura, acho bem apropriado também prestar minha homenagem à um dos meus escritores favoritos e inclusive esse belo soneto é mais do que a explicação do livro 4 \o/                                                          

"Busque Amor novas artes, novo engenho
para matar-me, e novas esquivanças;
que não pode tirar-me as esperanças,
que mal me tirará o que não tenho.

Olhai de que esperanças me mantenho
Vede que perigosas seguranças!
Que não temo contrastes, nem mudanças,
andando em bravo mar, perdido o lenho.

Mas, conquanto não pode haver desgosto
onde esperança falta, lá me esconde
Amor um mal que mata e não se vê.

Que dias há que na alma me tem posto
um não sei quê, que nasce não sei onde,
vem não sei como e dói não sei porquê. "
                                                       
                                                                        Luís Vaz de Camões



sábado, 2 de fevereiro de 2013

Capítulo 1 - 3ª parte



Assim que chegamos a Manaus, fomos direto para o apartamento que Ágatha dividia com uma colega. Depois de um banho e de colocar roupas totalmente secas, Ágatha me levou para conhecer a cidade. Manaus é linda e com uma diversidade de coisas que são fascinantes.

Capíulo 1 - 2ª parte

— Espíritos? - Repeti enquanto tirava uma foto da marca estranha.

— Sim, se parecem com gente, mas são monstros que roubam almas. - Explicou ela com uma expressão de medo. O que era de se esperar, já que não passava de uma criança.

— Hã... roubam almas? - Repeti achando que aquilo era até meio... bobo. 


         1. Fantasmas na ópera

Olhei indecisa para as águas escuras do Rio Negro logo abaixo do píer de madeira.

— Vamos Lavígnia, não me diga que tem medo dos botos? - Provocou minha irmã mergulhada até o pescoço no rio.

— Lógico que não! - Retruquei ainda relutante - Mas... eles não mordem né? - Indaguei pela quarta vez.

Prólogo - livro 2


                         Prólogo
        O início de tudo

Bom Jesus, Rio Grande do Sul, junho de 1836

— Tens mesmo certeza disso meu amigo? - Sebastian Von Otman perguntou, fitando a caixa de metal nas mãos de seu companheiro.

— Absoluta certeza meu caro, absoluta. - Afirmou o homem com convicção em seus olhos castanhos.

— As criaturas podem não cumprir sua palavra, achas sensato enterrar seus dons?