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sábado, 11 de maio de 2013

Halloween - Capítulo 2



               Capítulo 2
31 de outubro, Halloween

Finalmente o tão aguardado dia em Darkwest Falls havia chegado. O sol ia e vinha num céu que oscilava entre nuvens brancas e cinzas, mas nem mesmo uma tempestade tiraria da cidade o ânimo para aquela festa. Crianças corriam pelas ruas exibindo suas fantasias, parentes chegavam na casa de outros com comidas e bebidas. No centro da cidade uma grande fogueira seria acesa para a tradicional “queima das bruxas”, algo remetido à inquisição. Já que a maior parte dos habitantes descendia da Europa, porém agora era jogadas nas chamas apenas bonecas, eles acreditavam que isso traria sorte para a cidade.

É claro que não havia aula num dia tão especial, mas o colégio estava aberto. Alunos responsáveis pela organização da festa entravam e saíam do ginásio abarrotados de caixas. Um rádio estava ligado e músicas góticas influenciavam o clima de humor sombrio pelo lugar, a festa da escola também era tradicional, embora só mesmo em sua maioria, alunos compareciam. Mas também era considerável o número de ex-alunos e professores por lá, como um todo, a cidade ficava em festa. Cindy passou o dia com Jamie e os outros três integrantes do grupo de teatro. Apenas eles aceitaram fazer o vídeo, os outros haviam preferido ficar na festa e Paul Bradshaw... bem, ele não havia sido convidado.

Sua presença no grupo havia sido um castigo do diretor depois que Paul havia pichado a porta de sua sala. Paul fazia questão de ser desagradável e frequentemente se fazer superior aos outros que preferiam ler peças de Shakespeare do que jogar videogame e beber cerveja. De modo que ele não era bem aceito pelo grupo, especialmente por sua aversão inexplicável à tímida e inofensiva Cindy, que já conquistava afetos em seus ensaios para a peça de primavera. Ela havia ganhado o papel principal em Macbeth e chamava a atenção em sua atuação brilhante como a maldosa Lady Macbeth. Mesmo com a insistente perseguição por parte dos alunos insuportáveis, Cindy estava feliz com esses acontecimentos. Tinha sido uma descoberta que uma garota tão tímida de 17 anos fosse uma atriz em potencial.

Ela já imaginava a felicidade de seus pais sentados na primeira fila do auditório vendo atuar em Macbeth. Já esperava a chuva dos flashes da câmera fotográfica de sua mãe e os aplausos e assobios de seu pai. Estava tudo indo tão bem que apenas coisa faria tudo ser perfeito; a atenção de Ben e seus lindos olhos azuis. Mas Cindy sabia que isso era praticamente impossível, ele namorava com a insuportável Eveline e na verdade, nem mesmo se estivesse solteiro olharia para ela. Cindy maneou a cabeça e voltou sua atenção para o ensaio com o grupo, que acontecia atrás da escola.

—Já decidiu que fantasia vai usar? - perguntou Kelly, falando com Eve ao celular.

—Ah... vou ficar com a de Jéssica Rabit mesmo. Acho que vai ficar perfeita em mim, mas e você já escolheu? - indagou ela enquanto se olhava no espelho se seu closet, experimentando roupas.

—Hum... nenhuma – respondeu ela passeando pelo pátio do colégio, ela queria acompanhar as preparações para a festa que aconteceria mais tarde.

—O quê?! - gritou a outra do outro lado da linha – Como assim não vai usar uma fantasia? Sempre fazemos isso!

—Eu sei mas... sei lá. Já vou fazer dezoito anos anos que vem. Acho que não sou mais tão criança para usar fantasias. Só falta pedirmos doces por aí.

—Retire o que disse agora mesmo ou nunca mais falo com você! Como pode falar isso? É um clássico em Darkwest Falls usar fantasia no Halloween! - berrou meio histérica.

—Ai relaxa, não é pra tanto drama! - repreendeu ela, e ao olhar para o lado viu Cindy e os outros ensaiando seus movimentos para seu futuro projeto que pretendia sabotar – Ai você nem faz ideia da cena patética que estou vendo.

—O quê?

—A esquisitona e os outros ensaiando aquela porcaria atrás do colégio!

—Ai, jura? Que cômico. - caçoou ela.

—Sim... estão pagando o maior mico. Mas esqueça eles, há que horas vamos sair?

—A festa do colégio começa às sete, teremos que ficar aí por um tempo. Pode ser que nossos pais resolvam checar onde estamos.

—É mesmo... mas depois estremos livres! - comemorou Kelly sem fazer ideia do modo como aquela noite acabaria.

—Tá, então eu vou falar como Ben e a gente te pega em casa as sete mesmo, depois passamos na casa do Paul.

—Tá certo.

—E arranje uma fantasia! Não vá quebrar nossa tradição. - apontou Eve e a outra revirou os olhos.

—Vou ver o que posso fazer, até mais.

—Até.

Eve encerrou a ligação e Kelly sentou-se no banco ao pé de uma árvore, enquanto espiava o grupo de teatro se divertir. Sua mente tramava uma maneira de estragar a noite deles e fazê-los passar vergonha. Talvez pudesse levar sua câmera e gravar às ocultas o making-off do vídeo deles, ou talvez ela e os outros pudessem fazer barulhos pela floresta só para deixá-los morrendo de medo e depois tirar bastante sarro deles. A forma não importava, o que mais importava era que aquela noite seria muito divertida. Pensava Kelly enquanto lançava um olhar maldoso sobre eles.

—Ai, só o que faltava – Jamie observou irritada – a bruxa número dois está nos espionando.

—Quem? - interessou-se Mick.

—Como quem?! A que vem depois da número um, oras. É aquela tal de Kelly idiota. - respondeu ela virando as costas para a garota que logo se levantou e distanciou-se deles.

—Ah, não ligue para ela. No mínimo deve estar curiosa porque aquele Paul deve ter contado sobre nosso projeto. - disse Mick.

—Com certeza – afirmou Michele – Cindy, você já decorou a música?

—Sim – ela respondeu ainda tímida – na verdade conheço ela desde pequena. Meu pai lia Chapeuzinho Vermelho para mim antes de dormir.

—Perfeito! Cante pra gente. - pediu a garota e Cindy ficou vermelha como um tomate.

—Mas aqui? - relutou ela.

—Claro, não vai dizer que está com vergonha? Mas você é a estrela do vídeo e da peça de primavera menina! Vamos lá, bora jogar essa timidez fora! - Jamie a incentivou batendo palmas.

—E como você gosta de música gótica, tenho certeza que pode cantar de um jeito bem sombrio, assim fica mais dark nosso vídeo. - supôs Murilo, testando sua câmera filmadora fazendo alguns takes do ensaio.

—Então está bem... hum,hum... - pigarreou Cindy antes de soltar sua voz doce e arrastada que fazia a melodia do clássico ficar um tanto assustador – Pela estrada afora eu vou bem sozinha/ levando esses doces para a vovozinha/ ela mora longe / o caminho é deserto/ e o lobo mau passeia aqui por perto. - completou ela morrendo de vergonha, mas os aplausos dos amigos a fizeram sorrir.

—Ficou incrível! - alguém disse.

—Você vai ser a Chapeuzinho mais sombria da história! - animou-se Mick.

—Perfeita! - completou Michele.

—Obrigada. - proferiu Cindy abaixando os olhos.

—Bem, então nos vemos mais tarde na festa daqui da escola, depois vamos para Black Water. - orientou Mick com seu jeito de líder e todos assentiram.

—Tudo bem então... - até mais tarde. - alguém se despediu o o grupo se dispersou.

—Estou tão animada! Esse vai ser o melhor Halloween da minha vida! - disse Jamie, enquanto ambas caminhavam pela grama.

—Eu também, essa ideia de vídeo do Mick foi genial, estou ansiosa por esta noite. - disse Cindy.

—Sua mãe já costurou sua capa?

—Não, ela vai comprar o tecido hoje...

—Tomara que ela encontre, as lojas ficam vazias hoje, todo mundo deixa pra fazer suas fantasias em cima da hora. - observou Jamie meio receosa.

—Não se preocupe, acho que ela até já comprou. - Cindy tranquilizou-a, espiando o relógio.

—Ah, não se esqueça de que tem que ter uma cestinha e um vestido curto preto e rodado. - recomendou Jamie parecendo uma figurinista de Hollywood. Cindy riu com esse pensamento.

—Tá bem, não vou esquecer.

—Promete, hein? - Jamie apontou o dedo para a amiga.

—Prometo! - Cindy levantou a mão em juramento e Jamie riu.

—Tenho que ir ao mercado comprar umas coisas que minha vó pediu – ela parecia aborrecida – nos vemos mais tarde?

—Claro, tenho que arrumar meu quarto hoje senão minha mãe me mata. - ela revirou os olhos enfadada.

—Está bem, até mais.

—Até.

Despediram-se e cada uma fora cuidar de suas ocupações. Porém o tempo estava parecendo ainda não querer colaborar com o clima de festa, o sol escondia-se atrás das nuvens e aparecia por diversas vezes. Algo no clima parecia inconstante, de novo um mau presságio se espalhando pela cidade? Não na opinião das crianças que pulavam pela contentes pela rua indo de casa em casa com a clássica fase: Gostosuras ou travessuras. A fogueira tradicional já estava acesa e músicas soavam de quase todas as casas. Festas particulares dividiam a comemoração com as festas públicas pelas ruas da pequena Darkwest Falls.

O colégio parecia um lugar assombrado. O trabalho fora muito bem feito pelos alunos da comissão organizadora. O ginásio estava todo enfeitado e dividido em cenários que iam desde um cemitério assustador ao castelo do Drácula. Havia uma enorme tigela com ponche de frutas e muitas coisas para comer. Embora se visse muita cerveja em lata nas mãos dos alunos mais espevitados.

—Argh! Isso tem gosto de suco. - observou Kelly, fazendo uma careta para o copo descartável e transparente em sua mão.

—Relaxa gata, prova um pouco disso. - Paul colocou uma dose de tequila em seu copo, Kelly que havia se fantasiado como a personagem principal do filme Bonequinha de Luxo, levou o copo ao lábios pintados de vermelho.

—Hum... muito melhor. - animou-se ela dando um sorriso para ele que havia encarnado um zumbi.

—Com certeza... ei, onde se meteram Ben e a Eve?

—Ah, devem ter ido se agarrar no banheiro do ginásio. - respondeu ela revirando os olhos.

—E Kelly, você está ótima com essa roupa. - elogiou Marissa Miller, capitã das líderes de torcida e membro de elite da classe dos populares da escola.

—Ah, você acha mesmo? Obrigada.

—Está arrasando mesmo, vocês podem passar lá na minha casa mais tarde. Vou dar uma festinha paralela a essa. - convidou a loira com um sorriso hiper branco.

—Vai ser ótimo, nós vamos sim.

Respondeu Kelly e trocou um olhar satisfeito com Paul. Entrar para as líderes de torcida era seu único projeto não realizado, ser amiga de Marissa iria ajudar bastante nessa empreitada.

—Enquanto aqueles dois não aparecem, que tal nos divertimos um pouco, hein? - convidou Paul se balançando ao ritmo de Thriller do Michael Jackson que embalava o salão. Ela sorriu e pegou a mão do amigo, ambos sumiram em meio à pequena multidão que dançava.

—Aiiiiiii... vamos logo Cindy! Estamos atrasadas! - Jamie chamou pela terceira vez impaciente.

—Já vou, espera! Tô terminando minha maquiagem. - respondeu Cindy dois minutos antes de sair do banheiro – E então?

Perguntou ela saindo e girando sem seu vestido curto e rodado. A maquiagem em tons de preto e cinza contrastaram com sua pele branca e seus cabelos lisos estavam parcialmente presos para trás.

—Oh! Você está linda! - exclamou Jamie cobrindo os lábios com a mão. Ela sempre dizia à amiga que devia andar arrumada e maquiada, pois nem mesmo a Eve oxigenada e Kelly a esnobe, ganhariam de sua beleza.

—Obrigada, você também está ótima com essa fantasia de Branca de Neve. Parece que estamos homenageando os clássicos infantis esta noite. - observou Cindy.

—É mesmo – Jamie riu para logo depois ficar séria – Oh minha nossa! Cadê sua capa? Não pode ser a Chapeuzinho Vermelho sem uma capa! - desesperou-se.

—Fique tranquila, minha mãe já deve estar terminando. Ela ficou de comprar minha cesta também. - respondeu ela indo para a porta – Vamos lá ver se ela terminou.

—Claro. - concordou Jamie e logo as duas entravam na sala onde a mãe de Cindy estava.

—Mãe, já terminou minha fantasia? - ela indagou olhando ao redor.

—Ah, sim ficou linda, querida. Vou pegá-la para você.

Ela disse abrindo um baú grande e velho que fazia parte da decoração da casa. Cindy e Jamie trocaram um olhar ansioso para logo depois deixarem o queixo cair diante de uma linda e reluzente capa de cetim... roxo!

—Oh mãe! - apavorou-se Cindy diante do olhar conformado da mãe.

—Mas... mas... - balbuciava Jamie totalmente pasma.

—Eu sei que você pediu uma capa vermelha, mas não tinha mais tecido dessa cor na loja – justificou-se a mulher – então achei que você gostaria dessa cor, filha.

—Mas mãe... como vou ser a Chapeuzinho Vermelho com uma capa roxa?

—Eu sinto muito Cindy, mas ou era essa cor ou nada. -terminou ela largando a capa nas mãos da filha, Jamie estava sem palavras.

—Pelo menos conseguiu a cestinha? - Cindy perguntou meio receosa.

—Claro que sim, está aqui. - a mulher lhe entregou uma cestinha de vime... preto.

—Oh...

Cindy murmurou desconsolada e lançou um olhar perdido para Jamie que suspirou e deu de ombros em resposta.

—Bem... é pra ser a versão sombria da história então... acho que até que combina, né? - Jamie falou finalmente.

—Sinto muito não ter feito como você queria, filha. - desculpou-se a senhora Lassier com um pigo de tristeza na voz e no semblante também.

—Ah mãe... - Cindy correu para abraçar a mãe e a beijou com carinho – Ficou perfeito! Jamie tem razão, essas cores são sombrias mesmo. Combina perfeitamente com o que vamos fazer!

—Ai que bom... - disse a mulher vendo a filha vestir a capa que lhe caíra perfeitamente bem, e com a cestinha na mão, Cindy deu uma volta.

—Como estou? - perguntou, feliz.

—Linda! - as duas responderam em uníssono. - Agora vamos que a noite está só começando! - continuou Jamie, meio ansiosa.

—Sim, vamos – Cindy concordou e foi dar outro beijo em sua mãe – Eu te amo, prometo que não volto tarde.

—Tudo bem, meu bem eu também a amo. E passe no mercadinho e diga pro seu pai não demorar muito.

—Está bem, mãe. Tchau...

—Até mais senhora Lassier.

Jamie despediu-se e as duas saíram porta afora. A senhora Lassier ficou parada na porta olhando sua querida filha caminhar pela calçada em direção ao mercadinho do pai, naquele momento sentiu um aperto gelado em seu coração, mas não saberia explicar o que era. Talvez apenas uma preocupação de mãe, ao ver sua filha única saindo para uma noite de festa ou talvez... fosse apenas uma preocupação descabida, pois Darwest Falls era uma cidade tranquila e segura. O trabalho do xerife da Comarca na maior parte do tempo era ficar comendo rosquinhas e tomando café. Com um suspiro conformado, a mulher entrou fechando a porta atrás de si.

Quando chegavam no mercadinho do pai de Cindy, ela e Jamie reconheceram o carro verde que pertencia ao pai de Ben Navarro. Puderam também reconhecer Kelly e o próprio Ben lá dentro enquanto uma música tocava alta e eles riam muito, pareciam bêbados e era apenas o começo da noite. As duas trocaram um olhar incomodado e entraram no estabelecimento. Quando faziam isso tiveram a infelicidade de cruzar com Eve e Paul que carregavam um engradado de latinhas de cerveja e uma garrafa de tequila. A loira – mais vulgar do que nunca na opinião de Jamie e Cindy – lançou um olhar de deboche nas duas garotas e ela e Paul passaram rindo por elas.

—Ai que ridículo! - exclamou Eve entrando no carro e ainda rindo.

—O quê? A Chapeuzinho Roxo? - caçoou Ben.

—Ah vocês viram? - Paul perguntou, sentando ao lado de Kelly no banco de trás.

—É claro que vimos, fala sério como esses nerds são esquisitos. Não iam fazer Chapeuzinho Vermelho? - debochou Kelly e todos soltaram gargalhadas histéricas.

—São uns idiotas! - depreciou Paul abrindo sua terceira lata de cerveja.

—E como! Agora vamos, temos muito que curtir esta noite. - falou Ben dando partida no carro que saiu dando trancos.

—Idiotas! Não ligue para eles Cindy, para desesperados como eles tudo é razão de deboche. - sussurrou Jamie ao ver que a amiga ficara abatida com o olhar e as gozações dos outros.

—É o fim da picada! Jovens que mal completam dezoito anos já são autorizados pela lei a comprar bebidas alcoólicas, se fosse por mim eu não vendia, não vendia mesmo! - comentou o senhor Lassier ao ver as meninas se aproximando.

—Se não fosse aqui, comprariam em outro lugar senhor Lassier, são uns gambás. Não se culpe. - justificou Jamie com sua pontadinha de ironia bem conhecida por ele.

—Pois é... tristemente essa é a realidade. Mas como estão belas minhas damas! - ele elogiou e as meninas deram uma voltinha.

—O senhor acha mesmo, pai?

—É claro que sim, minha filha. Você está linda com essa fantasia de... de... de que está fantasiada? - desistiu ele coçando a careca e Cindy deixou os ombros caírem e Jamie suspirou.

—De Chapeuzinho Vermelho, pai, só numa versão sombria, entendeu? Halloween, sombrio... - ela girou dois dedos no ar indicando a evidente ligação dos elementos.

—Ah sim... claro. - concordou o homem mesmo sem entender muito bem.

—E então, o que vai ser? Gostosuras ou travessuras? - brincou Cindy, estendendo sua cestinha para o pai que sorriu e correu para o balcão.

—Prefiro gostosuras! Conheço muito bem as travessuras de vocês duas e não quero me arriscar. - respondeu ele brincalhão enquanto colocava um punhado de balas e chocolates na cestinha da filha e dava um saco de doces para Jamie que sorriu feliz.

—Essa é uma decisão muito sábia, senhor Lassier. Estou bem maquiavélica esta noite. - falou Jamie fazendo um olhar medonho.

—Oh, que bom que estou livre então. - ele riu e Cindy o abraçou.

—A mamãe pediu para o senhor ir logo para casa, pai. Não trabalhe muito, hoje é noite de festa.

—Tudo bem, filhinha, já estou indo para casa. Temos um encontro com algumas tortas e assados na casa da sua vó. - ele apontou o dedo.

—Ah é mesmo... já vou indo então, eu te amo pai.

—Também te amo minha pequena e não chegue muito tarde em casa, está bem?

—Está bem, pai. Até mais tarde.

—Até mais, senhor Lassier.

—Divirtam-se meninas.

Despediu-se ele vendo as meninas saírem alegres comendo o chocolate que haviam ganhado. Ele sorriu e maneou a cabeça pensando em como amava sua filha, sua pequena como sempre a chamara e mesmo agora com Cindy medindo um metro e setenta e três, a chamava assim.

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